O Gordon Ramsay é meu restaurante favorito em todo o mundo. Por isso é que no título deste post as estrelinhas são douradas e maiores. Isso mesmo, as estrelas dele são muito melhores que as dos outros restaurantes e pronto!
É a segunda vez que vamos ao restaurante número um dele aqui em Londres. Também já fomos ao Maze de Londres (tem post sobre ele), ao Gordon Ramsay de NY, ao Maze de NY e ao Gordon Ramsay Stake de Vegas. Sempre adoro, mas este é o melhor, disparado!
Ontem, ainda por cima, voltei aos meus tempos de feminista subversiva e combinei que seria eu a "hostess" da mesa, para poder receber o cardápio com preços.
E a magia começou com esta canja. Se canja fosse isso mesmo, eu comeria todo dia.
O Fernando, como vocês sabem, come de tudo. Só tem 3 coisas que ele detesta: canja, pipoca e sopa de feijão com macarrão. Desta canja até ele gostou!
Minha entrada era uma beterraba, chamada beterraba de Cheltenham.
O garçom traz o tubérculo à mesa inteiro, na casca, que parece um casulo. Quebra o bicho na sua frente e, em vez de uma borboleta, tira está beterraba linda e cheirosa de dentro dele. Na foto está meio estranha, porque havia pouca luz nas mesas e eu não gosto de usar o flash, mas a cor roxa e viva da beterraba é show!
Depois, ele leva tudo de volta para a cozinha para a preparação e ela volta assim, com um creme de queijo de cabra, avelãs e um monte de especiarias. É uma delícia!
Quando eu era criança, minha mãe inventava de tudo para me fazer comer frutas, verduras e legumes. Até prometer dinheiro ela prometia e não adiantava. Se ela conhecesse o Gordon, não teria tido esse problema, mas teria ido à falência, certamente.
O Fernando pediu cauda de lagosta com lardo di colonnata e molho feito com a própria casca da lagosta. Estratégia nº 1 para não me deixar experimentar...
Meu prato foi uma variedade de cortes de porquinho de leite: lombo, linguiça, barriga crocante, pernil. Escolhi o mesmo prato da primeira vez, porque pra mim é simplesmente o melhor.
O Fernando comeu halibute, um peixe muito apreciado pelos europeus, com king crab e cuscuz marroquino bem aromático, com molho cítrico. Estratégia nº 2 para não me dar nem um tequinho...
Teve queijos antes da sobremesa, claro, mas a gente fica tão abobalhado vendo e comendo tudo lá que às vezes esquece de fotografar. Ups, foi mal!
Na transição para os doces, este drink de manga e maracujá com um iogurte levíssimo por cima.
A sobremesa é a melhor que já comemos no mundo todo: tarte tatin crocante, amanteigada, no ponto perfeito, acompanhada de sorvete de baunilha feito por eles mesmos.
O garçom até me explicou a peregrinação deles para achar a melhor baunilha do mundo. Depois de algumas tentativas, acabaram escolhendo uma baunilha do Tahiti. Disse para ele que percebo que ali existe um monte de detalhes que no final fazem uma grande diferença. Ele me respondeu com o sotaque britânico nível máximo, um sorrisinho no rosto e um ar solene de quem falava a Rainha: "You're absolutely right, madam!"
Como o Fernando pediu café, lá vieram as gourmandises, que são um show à parte. Estas trufas são de sorvete de morango com chocolate branco e vêm no gelo seco, soltando fumaça.
Além delas, trufas de chocolate e uma gelatina de lichia completaram a seleção.
Percebemos que eles já sabiam que era a nossa segunda vez no restaurante e, inclusive, tinham registro de tudo o que havíamos pedido na primeira.
Se olharam com atenção depois que fomos embora, notaram que gastamos o mesmo tanto, com uma pequena diferença de 3 libras. Podem ter percebido que nosso orçamento gastronômico permanece o mesmo. Mas não dá pra reclamar, né...
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