Mais um post tardio de Buenos Aires, já que a vida sem feriado não é fácil pra ninguém.
O Fervor é um restaurante muito conhecido pela sua carne e pelo ambiente familiar e descontraído.
Tão descontraído que um garçom passou pela nossa mesa, viu que éramos brasileiros e começou a tirar várias dúvidas de português.
Primeiro ele quis saber como falávamos berenjenas e zucchini. Explicamos que era berinjela e abobrinha. Ele anotou tudo no seu bloquinho de pedidos, sorriu satisfeito e saiu.
Pouco tempo depois chegou nossa entrada: salsicha grelhada. Na verdade, o que eles chamam de salsicha nós chamamos de linguiça. Levemente apimentada, estava uma delícia!
Eu e o Fernando olhamos um para a cara do outro com cara de dúvida e dissemos que não conhecíamos a palavra. O garçom rapidamente correu até a cozinha e trouxe um dulce de membrillo.
Vimos o doce e o Google e constatamos que aquilo era marmelo e o doce era marmelada.
Explicamos e o garçom, inconformado, dizia: mas marmelada não é o mesmo que mermelada? E nós: não! Mermelada é geleia...
E assim foi o almoço inteiro.
Além de ensinar português ao garçom, também comemos no restaurante!
Eu comi essa MEIA PORÇÃO de entraña, um corte que não temos aqui e que lembra um pouco a fraldinha (embora a fraldinha seja chamada lá de vacio), que estava sanguinolenta do jeito que eu e o Dexter gostamos.
Para acompanhar, purês de batata e de abóbora.
O Fernando escolheu um ojo de bife suculento e saboroso.
De sobremesa, petit gateau com bolinho branco, de laranja, recomendação do garçom que, a essa altura do almoço, já tinha virado nosso amigo...
...como bem mostra essa foto!
Saímos de lá lembrando de uma amiga que, certa vez em Buenos Aires, pediu seu omelete no café da manhã do hotel com prerrunto y querro e recebeu exatamente o que tinha pedido.
Mais uma prova de que, no portunhol, brasileiros e argentinos se entendem.
Em compensação, no futebol...
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