Fomos convidados para jantar na casa dos amigos Valderez e Petrelluzzi, carinhosamente chamado de Pet.
Ela ficou responsável pelas sobremesas e ele pelos pratos do jantar.
O Pet também é um dos responsáveis pela minha aprovação no concurso, já que ele era membro da banca examinadora.
Não sou de ficar nervosa antes de prova. Aliás, antes do meu exame oral, não perdi o sono e no dia comi um belo prato de feijoada. Só que na hora em que o negócio ia começar e chamaram meu nome, eu gelei e minha vontade era correr para a porta e ir embora!
Controlei o medo, respirei fundo e lá fui eu com meu cabelo escovado e semipreso para a cadeira elétrica. E a primeira pergunta foi do Pet: "o que a doutora sabe sobre o princípio da legalidade no direito penal?". Ufa! Isso eu sabia! Fiquei mais à vontade e isso me ajudou no restante da prova toda.
Apesar de ter dado tudo certo no concurso, prefiro esquecer a cadeira elétrica e ficar à vontade nas poltronas perto jabuticabeira, no quintal maravilhoso da casa do Pet e da Valderez.
E foi lá no quintal que passamos a noite jogando conversa fora e comida boa para dentro.
O jantar começou com bruschettas de cogumelos (à esquerda) e de pato, acompanhadas de um sensacional pesto de cebolinha com muçarela de búfala e pimenta biquinho.
A segunda entrada foi foie gras com maçã verde. Eu bem que experimentei, mas não tem jeito... Eu e o foie gras não nos damos bem. O Fernando amou e ficou contente em comer a minha parte.
Antes do prato ainda teve uma massa, com um molho de tomates leve e fresco.
Para fechar a parte salgada, leitão à pururuca com farofa. Como eu disse para os anfitriões, não é fácil impressionar quem vem de família mineira, mas esse porquinho estava maravilhoso! Pururuca sequinha e carne molhada e saborosa.
Findo o jantar preparado pelo Pet, vieram à mesa as sobremesas preparadas pela Valderez. Um festival de diversos tipos de doces, todos deliciosos.
Começamos com um mascarpone divino, cuidadosamente disposto em tacinhas individuais.
Também tinha mousse de chocolate. Fiquei com água na boca só de lembrar!
Se você pensa que acabou... Ainda teve uvas e morangos para quem quisesse aliviar o peso na consciência. O chantilly era para quem sabia que tal alívio era inútil a essa altura do campeonato.
E lá pelas cinco da manhã, quando os amigos Marcelo e Milena, que nos acompanhavam, fizeram menção de ir embora, a Valderez tira da cartola, digo, do freezer, esses pães de queijo que ela mesma faz. Os mais escurinhos são de gorgonzola e os dois tipos são demais! Os melhores pães de queijo que eu já vi (e comi).
Depois dos pães de queijo e do cafezinho, finalmente fomos embora, com o dia já claro.
Apesar da longa duração do jantar, mal vimos o tempo passar, tamanha a habilidade da Valderez e do Pet em receber os amigos.
Por sinal, nessa noite pudemos perceber que o melhor tempero não é a fome. O melhor tempero é a amizade e o prazer em ter por perto quem a gente gosta.
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