terça-feira, 20 de agosto de 2013

Beaune - Hostellerie Le Cèdre*

Se tem uma coisa que somos é obedientes! Um dia depois de jantar em Reims no Assiette Champenoise por indicação do professor Tadeu, jantamos em Beaune no restaurante do hotel Le Cèdre seguindo orientação dos amigos Nilton Volpi e Fernando Lottenberg, também grandes apreciadores da vida em torno de uma boa mesa.
O restaurante fica num prédio lindo, com um jardim igualmente bonito na frente. Para melhorar, tem uma estrela no guia Michelin.
O menu fazia parte de um pacote que reservamos e era surpresa. Só avisamos que, enquanto o Fernando não tem alergia a nada, eu não posso comer crustáceos se não quiser ver Deus antes da hora e nem chocolate, se não quiser irritá-lo (fiz uma promessa e ainda faltam três meses de abstinência)! Não falamos nada sobre foie gras, miúdos, lesminhas...
Essa falta de comunicação levou a alguns probleminhas que acabei tendo de enfrentar noite adentro.

Como sempre, o chef mandou entradinhas deliciosas e eu nem desconfiei do que estava por vir. 

O primeiro desafio veio logo no segundo prato, que era de escargots! Eu tinha prometido ficar longe das lesminhas, mas como ia falar pro maître quando o prato chegou que aquilo eu também não comia?!
Para não ganhar o troféu de fresca do ano, respirei fundo e encarei os caracois, repetindo o mantra "isso não é uma lesma" enquanto os mandava para dentro.

Obstáculo vencido, em seguida veio a recompensa: ovo perfeito (cozido em baixa temperatura) com trufas negras e um creme de aspargos que estava maravilhoso.

Depois, veio um filé de peixe Saint Pierre (nome chique para tilápia) com leite de coco e vegetais e trigo cozido. Tirando o leite de coco, que eu continuo achando desnecessário, a menos que o prato seja um manjar, o peixe estava da horex!

O segundo desafio eu bem que tentei enfrentar, mas perdi... Experimentei, mas não consegui terminar o prato de carne, ris de veau (timo, em português) com um purê de ervilhas. Sorte do Fernando, que adora miúdos e traçou o dele e metade do meu. Eu continuo disposta a só comer essas coisas no caso de uma hecatombe nuclear!

Antes da sobremesa, queijos da região, claro...

Depois, também só para preparar a boca para o doce, uma panacota com sorbet de framboesa, creme de cranberry e uma pasta de chá verde que estava incrível!

A sobremesa propriamente dita foi um mil folhas com sorvete de caramelo na manteiga salgada. Não aguentei comer tudo, o Fernando sim (que surpresa...). 

Quando eu já estava completamente cheia e comemorava que o menu tinha terminado, chega o último dos moicanos.  Chá de hortelã bem geladinho e dois trequinhos que eu nem sei o que é, porque a essa altura nao podia nem olhar mais para comida. Apenas com a finalidade medicinal de ajudar na digestão, tomei o chá. O Fernando dispensa chás, mas experimentou o resto e disse que estava tudo ótimo.

O Fernando se divertiu com as caras (quase caretas) que eu fazia ao comer escargot ou timo.
Pelo jeito, pimenta no blog dos outros é refresco!!!

Um comentário:

  1. eu acho melhor vocês voltarem a pé ou vão precisar de um avião-cargueiro a seguirem nessa batida... de fazer inveja

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