quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Arcins - Lion d'Or

Fomos a este restaurante por indicação de pessoas aqui da região. Ele fica na área do Médoc, onde estávamos hospedados, e é o restaurante em que vários produtores da região vão jantar.
Indicação de locais normalmente é tiro certo, então nem pestanejamos e fizemos a reserva. 
Sugeriram que contratássemos um táxi, para não nós preocuparmos com a estrada depois de comer e beber, e assim fizemos. Assim que entramos no carro, perguntei ao taxista se o restaurante era longe, porque não fazíamos ideia. Quando ele disse que era a 25km, gelamos!
Olhamos para o taxímetro, que marcava 6,60 euros depois de 500m percorridos, e depois olhamos um para o outro com cara de FERROU (um pouco pior que isso, mas sou moça phyna e não vou reproduzir com tamanha exatidão a cara que fizemos). 
Pior, ainda teria a volta!!!
Para melhorar, cheguei enjoada ao restaurante, porque o caminho era sinuoso e sempre fico "mareada" quando ando no banco de trás do carro. 
Não bastasse, quando entramos no restaurante, fomos recebidos pela dona, que só faltou bater na gente com uma vassoura, tamanha a antipatia.
Talvez minha cara branca e de quem estava passando mal, aliada à certeza de que éramos forasteiros naquele lugar isolado, tenha contribuído para a "calorosa" recepção. 
A cara de poucos-quase-nenhum amigos da véia seria o suficiente para que déssemos meia volta e fôssemos a outro lugar.
Só que o restaurante é no meio do nada, estávamos a pé, devendo para o taxista, a quem pagaríamos na volta... Não tinha jeito, tínhamos que comer lá mesmo, ignorando a Miss Antipatia. 
Ainda bem que a comida compensou os pedregulhos no meio do caminho! Além de ser uma delícia, era barata, compensando assim a facada que foi o táxi. 

Essa foi a minha entrada. Salada de tomates pelados e sem sementes. Como é bom o tomate aqui!


O Fernando pediu cogumelos e eles vieram bem temperados, com bastante alho. 


Meu prato foi um omelete com cogumelos. Não estava com o estômago cem por cento, por isso não escolhi nada muito pesado. Estava ótimo e o melhor é que também tinha bastante alho. Alho trocado não dói!


Para não correr o risco de perder a guerra, o Fernando pediu cordeiro também com alho. Haja Listerine hoje à noite...


O nome do queijo foi dito pelo garçom duas vezes. Não entendemos, não conhecíamos e não quisemos correr o risco de apanhar perguntando pela terceira vez. Podemos afirmar, com a mais absoluta segurança, que foi um dos melhores queijos que comemos aqui. Tinha um gosto que lembrava o nosso queijo prato, só que mais suave e com uma textura que desmanchava na boca. Maravilhoso!


A sobremesa foi crème brulée, com uma calda bem durinha e saborosíssima. 


E as lições aprendidas com a experiência gastronômica do dia:
1. Não contrate um táxi sem antes saber a distância a ser percorrida;
2. Se você não obedeceu a lição n. 1, não fique olhando para o taxímetro a cada 30 segundos. Ele não vai parar de correr e você corre o risco de ficar ainda mais enjoado;
3. Na França, é difícil ser mal recebido em um restaurante, mas pode acontecer.  Muito mais difícil é comer mal!

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